Havia o silêncio, a paz, e os chocalhos do rebanho.
O sol cada vez mais pálido, mais esbatido, ia desaparecendo lá longe, para trás dos montes.
Agora só se ouviam as gargalhadas da menina, abraçada às ovelhas, que permaneciam paradas à espera do afago, das carícias, daquelas mãos pequeninas.
O dia, ia-se esfumando, lá para a serra de Santa Comba, enquanto nós, embebecidos, contemplávamos este quadro de rara beleza, iluminado pelos raios mortiços dum sol quase lua.
Lá longe, muito longe, os contornos dos montes, cada vez mais escuros.
Talvez não haja história para contar. Havia apenas uma menina, implantada na natureza. Tudo o resto, eram detalhes dum quadro, pintado pelas mãos do Criador.
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